O número de prisões por crimes ambientais aumentou em 2020 nas regiões norte e noroeste do Paraná, de acordo com a Polícia Ambiental. Foram 285 pessoas detidas até o início de dezembro deste ano, contra 275 em 2019 durante ações de fiscalização.
De acordo com o tenente Ulisses de Deus Gomes, subcomandante da 3ª Companhia da Polícia Ambiental, o número de abordagens feitas pelas equipes também cresceu, assim como a quantidade de pessoas encaminhadas para prestar esclarecimentos.
Por outro lado, o número de multas ambientais emitidas pela polícia nas duas regiões teve redução de 11,9%, saindo de 562 no ano passado para 495 em 2020. Essas multas renderam mais de R$ 2,3 milhões.
Nas regiões norte e noroeste, mais de 98 mil hectares de vegetação nativa foram destruídas ao longo do ano, mesmo com ações de combate ao desmatamento, informou a polícia.
A caça clandestina continua sendo ponto de preocupação para a Polícia Ambiental. Mais de 100 armas de fogo usadas por caçadores foram apreendidas em 2020.
Para a polícia, diversos crimes ambientais ainda são cometidos motivados por antigos costumes - que não são mais tolerados.
"A caça, criar passarinhos, a pesca sem regulamentação eram atividades cotidianas da população que com o passar do tempo foram regulamentadas e, muitas vezes, a cultura das pessoas mais antigas não acompanhou e isso é repassado aos filhos", afirmou o tenente.
Segundo ele, a educação ambiental é uma das ferramentas para tornar a relação com a natureza mais consciente.
"Mudar para uma cultura onde o homem possa conviver em harmonia com a natureza, mantendo suas atividades, mas respeitando os limites que a lei regulamenta é o caminho que a gente tem para seguir", disse Gomes.
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